segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A Insuficiência dos Sacrifícios do AT


"Nem todo o Líbano basta para queimar, nem os seus animais, para um holocausto." Is 40.16

Desde as eras primitivas, tanto no Ocidente quanto no Oriente, a história dos sacrifícios de animais e até humanos está envolvida na história das religiões. Alguns acreditam na inata religiosidade do homem, na mesma linha de raciocínio, eu acredito em um vazio dentro do homem que ele tenta preencher, ineficazmente, com a religião.

estudos que comprovam que até antes da formação das grandes religiões e até antes do surgimento de grandes "profetas" como Buda, Moisés e Maomé, já existiam a prática de sacrifícios por alguns povos e de alguns rituais, como o conhecido voodu.

Dito isto, espero que fique claro que não apenas os judeus sacrificavam animais, mas outros povos tinham o mesmo costume. Consciente ou inconscientemente, o homem (ou os seres espirituais por traz dos ritos sacrificais), entende a importância do sangue, principalmente, do sangue derramado.

"Portanto, era necessário que as cópias das coisas que estão nos céus fossem purificadas com esses sacrifícios..." Hb 9.23

Os sacrifícios, os rituais etc, eram como cópias terrestres de realidades celestiais, por isso, Deus estabeleceu o sacrifício de animais no Antigo Testamento não para que houvesse a matança de animais indefesos, mas, pelo contrário, para que o ser humano desse valor à vida e porque Ele (e todos os seres celestiais, bons ou ruins) sabem o valor do sangue.

"Sem derramamento de sangue não há perdão." Hb 9.22

O salário do pecado é a morte e, como Deus ama muito a humanidade, ele estabeleceu que os animais morreriam no lugar do homem, sempre que o homem pecasse. Parece cruel, não? Quem já viu um animal ser abatido, até uma galinha, pode ficar até traumatizado. Os vegetarianos chamam sempre atenção para a crueldade de matar os animais.

Porém, com isso, Deus salvaria o homem do derramamento de sangue chamando atenção para, exatamente, a crueldade que é o pecado! Deus não queria que os animais fossem mortos, Ele queria que o homem parasse de pecar. Ele estipulou sacrificios de animais para que o homem visse como a morte é ruim e não pecasse para que os animais não fossem mortos.

Porém, diante da natureza falha e perversa do homem, este se acomodou com a situação e começou a pecar sabendo que teria seus pecados perdoados "só" em matar pombinhas e cordeiros. Contudo, o "Senhor viu que a perversidade do homem tinha aumentado na terra e que toda a inclinação dos pensamentos do seu coração era sempre e somente para o mal." (Gn 6.5)

No momento em que Deus percebeu a intensão do coração do homem, os sacrifícios de animais não valiam mais. No exato momento em que os homens passaram a matar animais sem se arrepender de seus pecados, matar só "por diversão", Deus não aceitava mais esses sacrifícios.

"Pois não te comprazes em sacrifícios; do contrário, eu tos daria; e não te agradas de holocaustos. Sacrfícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás , ó Deus." Sl 51.16,17

Então foi preciso estabelecer uma nova aliança. "O único sacrifício qualificado para pagar o preço dos nossos pecados e reconciliar-nos com Deus é o sangue perfeito que Jesus derramou na cruz.", diz Mary Baxter no livro A Divina Revelação do Sangue.

"Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados. Por isso, entrando no mundo, [Jesus] diz: Sacrifício e oferta não quiseste, Mas corpo me preparaste; Holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram...Então disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro [sacrifício], para estabelecer o segundo." Hb 10.4-9

Um comentário:

Anônimo disse...

Me lembro daquela música do Leonardo Gonçalves "Moriah" que ilustra um dos momentos mais "tensos" e desafiadores da fé cristã, quando Deus pede a Abraão seu filho...Tudo para mostrar ao homem o que Ele faria com seu filho em prol da humanidade.

Juan