sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Acontece a Cada Primavera...


Essa noite fui presenteada com uma flor. Não era uma rosa, parecia mais com uma margarida ou uma flor equatorial vermelha. Dizem que os sonhos são preto e branco e sem fala. De fato, esse não tinha vozes, mas tinha cor. E aquela cor era um de vermelho intenso, quase sangue. Havia também um vaso com água.
Quando essa margarida cor de sangue era posta no vaso, que delícia, desabrochava.
Parece que ela me olhava e era capaz de me limpar, por dentro...limpar minha própria consciência. 
Não sei se a natureza tem alma, mas aquela planta me escrutava com um interessante olho-de-flor amarelo esverdeado.
O jarro era normal, desses de vidro - ou plástico - pequeno, com uma pequena porção de água cor de ouro. Se me recordo bem, a água tinha aquela cor de coroa dos reis antigos.
Depois que a flor desabrochou, eu ganhei uma aliança, uma aliança específica de noivado - que fique bem claro. Olhava fixo para ela, sem acreditar, principalmente em quem me dava.
Eu não via o rosto Dele, até porque eu não conheço o Seu rosto.
Mas depois de todas essas pistas que Ele me deu, certamente era Ele...noivo...meu.

"Ora, o essencial das coisas que temos dito é que possuímos tal sumo sacerdote, que se assentou à destra do TRONO DA MAJESTADE nos céus". Hb 8.1

"Eis aí vem dias, diz o Senhor, e firmarei nova aliança com a casa de Israel..." Hb 8.8

"...muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!" Hb 9.14

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Uma canoa, um remo e eu

Ps.: Foto retirada do flickr da /claudiaregina


Eu já tive medo. Na verdade, ainda tenho. E se eu abrir os olhos e vir um fantasma? E se eu fechar os olhos e não acordar mais? E se eu entrar nesse barco e ele virar? Esse medo me impediu de alcançar mais rápido aquelas águas. Eu olhava de longe, vontade de mergulhar não faltava. Mas era gelada, funda e, mesmo transparente, tantos bichos podiam me pegar...E se, no meio do caminho, eu não conseguisse mais voltar? Haveria fôlego, braço, força, ânimo para terminar? Mas aquele verde me hipnotizava...aquele frescor, aquele ar. Tudo parecia melhor perto daquelas águas, até eu mesma, antes tão perturbada, parecia mais relaxada.

Era a hora, não haveria dúvidas. Decidida, embarquei. Uma canoa, um remo e eu. Amigos, até os que me ajudaram, ficaram para trás. Agora era só a canoa, o remo, eu e as águas. Teria mesmo eu coragem de mergulhar? Não, não..que bobagem a minha. É hora de voltar. Rápido, antes que a canoa alcance aquele turbilhão de águas vivas. Rápido...

A canoa virou, o remo se foi junto com o medo e eu fiquei com as águas.